sábado, 19 de outubro de 2019

ETERNO

Bom dia a meus amigos, que assim como eu, trocaram o blog pelo Face.

Continuo escrevendo, porém meus novos textos, juntamente com estes (sofridamente revisados) estarão disponíveis num livro  que pretendo lançar até o fim deste ano de 2019. Abraços!




segunda-feira, 5 de março de 2018

A puta e o profeta

A alguns anos atrás, dei carona para duas professoras quando voltava de Macaé para minha casa. Bem, pensei que eram professoras. A que sentou no banco da frente disse de pronto: "não somos professoras, somos putas mesmo". Aproveitei o que então era o mais próximo que havia chegado de uma prostituta e perguntei como elas haviam começado, o que pensavam da vida, quando parar, vergonha dos pais, etc. Deixei-as num ponto de ônibus em Italva e continuei minha viagem pensando no profeta Oséias.

Oséias foi o profeta que se casou com uma prostituta, a mando de Deus... O que é uma loucura. Eu não me casaria com uma prostituta nem se Deus mandasse, da mesma forma como não mataria meu filho a mando de Deus. Outros tempos... O escritor de Hebreus diz que Abraão, o amigo de Deus, só se propôs a fazer isso porque acreditava na ressurreição. Graças a Deus tenho Jesus em quem me espelhar. 

Voltando ao profeta Oséias, ele se casa com essa prostituta, eles tem três filhos, mas parece que algo não vai bem: o primeiro se chama Lo-Ruama - amaldiçoado - enquanto outro tem o nome associado a uma chacina e o terceiro a um adultério. Gozer (é o nome dela) sai de casa para viver do sustento de seus amantes, mas ela já não é aquela menina de outrora, e quem a sustenta secretamente é Oseias, deixando comida e coisas do dia a dia na porta de sua casa. Ela não sabe e atribui os presentes a seus amantes. Quando suas dívidas tornam-se impagáveis ela é feita escrava. Fazendo inveja a Nelson Rodrigues, lá está Oséias.  Ele a compra pelas simbólicas 20 moedas de prata, presentes em toda a Bíblia até seu momento final na traição de Jesus por Judas.

Pode parecer inalcançável a nossas mentes, mais o amor de Deus tem essa dimensão "cachorra", mendicante, humilhada, inaceitável, recriminante! Os gregos achavam que pessoas neste estado estavam doentes, daí paixão derivar de phatos. Na idade média, os povos latinos amarravam uma cabeça de boi nos homens que não matassem suas esposas adúlteras, daí o traído ser chamado ainda nos dias de hoje de corno, chifrudo, etc. Oséias explica em seu livro que sua vida era uma grande parábola do relacionamento de Deus com a humanidade. Deus é o marido que ama com paciência uma esposa que não lhe retribui afeto, nós somos a esposa prostituta que abandona o marido e depois quebra a cara, tal qual a parábola do filho pródigo, quando então Ele nos resgata, como Jesus viria a fazer séculos mais tarde, na cruz. Em Oséias, Deus mostra sua capacidade de enlouquecer de amor por gente que não presta, que não merece. Também vemos o resgate da figura do traído: uma exaltação ao amor de quem é bom paro seu cônjuge, não a imputação de culpa de quem não adivinhou estar sendo enganado.

 Já meu Senhor Jesus trata esse tema com muita leveza, dando aos pecados ligados aos sexo o peso que realmente tem: foi traído, não consegue perdoar? Separe-se! Se acha melhor que alguém que traiu a esposa? Olhe para si mesmo, porque algumas pessoas, apesar de não adulterarem de fato, só pensam naquilo... Já com os traidores ou com as prostitutas a postura de Jesus foi a mesma que teve para com todos, afinal cada um tem seus defeitos: arrependa-se, mude, escolha o bem!

 Para muito além disso, Jesus demonstra o louco amor de Deus na forma como acolhida a todos, especialmente os que ninguém queria. Os religiosos, que haviam materializado os códigos morais vigentes,  se escandalizaram com essa postura. Jesus os respondeu com lindas parábolas de um Deus amoroso que ama como seu profeta delirante. O livro de Oséias termina com um final feliz: Ele e Gomer ficam juntos, e amadurecidos pela dor, são a seu modo, felizes. De fato, sejam quais forem os defeitos e erros de um casal, só há um único caminho para a felicidade: o perdão, diario, irrestrito.

Léo
Fazenda Peroba - Italva
3/3/18 

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Sete Princípios para a Vida

Nos evangelhos vemos Jesus ensinando, sobretudo, princípios interiores, que como uma semente, vão brotando devagarzinho no coração dos que ouvem, mudando as pessoas de dentro para fora. 

Enumerei alguns dos princípios do Evangelho, eternos, que me fazem bem. Afinal, tudo nEle é vida!

1-      Perdoe. Perdoe sempre. Comece por perdoar a si mesmo, o que nem sempre é fácil: lembre-se, seus pecados não podem fazer frente a cruz! Na verdade, até o que você ainda fará de errado já foi perdoado por Jesus. Depois, olhe para o lado, e comece a perdoar os que estão a sua volta, amigos e inimigos. Não se dê o direito de sentir raiva de ninguém, nem mesmo do sistema, que é injusto, que jaz no maligno, que é regido pelo espírito deste século... Perdoe! Como disse Ghandi, olho por olho, e todos acabamos cegos. Quando você fizer isso, você descobrirá uma grande leveza em relação à vida. Na verdade, seu olhar e suas bases  mudarão completamente.

2-      Seja generoso. A generosidade é um dos temas mais abordados por Jesus em suas parábolas, e não é à toa. Se você sabe que tudo vem dele... Então dê um pouco do que é “seu”. Se Ele deu-se por você, então dê um pouquinho de você para seu próximo. Seja generoso e você descobrirá que o bem atrai o bem, da mesma forma que a mesquinharia atrai o dinheiro porém repelindo a tudo e a todos. Seja generoso no seu trabalho. Seja generoso no seu círculo de amigos. Seja generoso com seus pais. Seja generoso com sua esposa e filhos.

3-      Seja grato. Olhe e pese quantas coisas boas aconteceram com você ao longo de sua vida. Tendemos a supervalorizar os problemas, mas na verdade, eles costumas ser do tamanho de nossos medos. Não se deixe contaminar pelos murmúrios.  Seja grato e a satisfação para a vida crescerá em você. A gratidão lhe protege da insatisfação, que lhe protege da cobiça, que, em último caso, lhe protege da inveja. Seja grato mesmo diante dos problemas, afinal, porque pode acontecer com seu vizinho, com seu primo, mas nunca com você?

4-      Ame. Ame de forma prática. Faça do amor prático um hábito. Ame e sua vida ganhará uma nova importância. Quando amamos desenvolvemos em nosso ser o que temos de melhor. Uma mãe que deu seu filho para ser cuidado pela avó não terá a mesma qualidade de amor que tem uma mãe que cuidou do filho em todas as situações de doença e dificuldade que perfazem a vida. Faça do amor algo tão comum a ponto da sua mão direita não perceber o bem que a sua mão esquerda fez.

5-       Viva a Eternidade. Creia que há algo para além deste mundo. Transcenda! Creia que Jesus um dia votará, dará fim a toda maldade e transformará a vida. A vida, quando vivida sem a perspectiva do céu, é em certos momentos insuportável. Além disso, se o teu coração viver preso ao que é material... Cultive tesouros no céu, e salve o seu coração de falecer junto com o sistema.

6-      Creia que o universo conspira a favor dos que buscam viver uma vida reta, uma vida de amor. “Todas as coisas contribuem para o bem dos que amam a Deus”, já dizia Paulo. Jesus disse que nem um fio de cabelo de nossa cabeça cai sem que Deus não o permita. De fato não é assim? Quantas coincidências já não colocaram pessoas necessitadas a sua frente? E quantas vezes, você necessitando de ajuda não se viu salvo por “anjos”? Ora, essa certeza nos traz muita confiança e leveza diante de Deus e da vida, quebra padrões de ansiedade e nos permite canalizar nossa energia para o que é bom.


7-      Creia que Deus lhe chamou para uma missão. Até uma formiga sabe de sua missão na existência. Deus lhe chamou para viver e produzir. Descubra seu chamado, descubra onde e de que forma você se realiza na produção de bem ao próximo. Adolescentes se matam em jogos do tipo “baleia azul” ou se enchem de drogas simplesmente porque não vêem na vida um significado, um sentido, um valor. Encontre-se com a cruz, descubra seu chamado, e viva sua missão.

Leo, 28/04/17

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Como nos tempos antigos

Na semana do natal dei carona a um rapaz no alto do morro do Itaoca, quando viajava para Macaé. O rapaz fedia um cecê muito forte, daqueles que produz ânsias de vômito. Coloquei o ar condicionado no talo e seguimos conversando. Pedro Paulo, esse é o nome dele, é de Saquarema, mas mora em Vila Velha, no setor 4, seja lá o que isso for. Estava indo tentar tirar algum sustento no verão, vendendo nas praias. Também estava indo ver os seus, embora seu dois pais já tenham partido. Ele se referia com especial apreço pelo pai adotivo, que ele sabe que está no céu.

Sem estudos, carregando aquela ignorância triste que condiciona famílias inteiras de gente pobre no Brasil, perdeu um emprego tempos atrás por não ter (nem saber como fazer para ter) carteira de trabalho e CPF. Seu pai adotivo tinha arrumado essa vaga.

Cresceu no campo, gosta do campo. Sabe lavrar a terra, trabalhar com milho, hortaliças, frutas... Aproveita os espaços nos fundos das casas e nos terrenos baldios para plantar e distribuir com seus vizinhos. Não perguntei como foi parar em Vila Velha. Uma pena.

No carro, tocava João alexandre, um músico que fala de Jesus e aplica todo seu talento num infindável mix de ritmos, às vezes bossa, às vezes samba, às vezes jazz ou baião. Ele gostou... Quando se tem sofisticação musical, se tem. Perguntei se toca algum instrumento, ele disse que toca pandeiro.

Vinha de caronas e caminhadas, dormindo na rua, nas beiras da estrada, sem dinheiro, carregando duas bolsas de roupa. Não sei há quanto tempo estava sem comida ou sem água. Deixei-o na saída de Macaé, com alguns trocados que tinha no bolso, uma bela quentinha e uma garrafa de água. Perguntei até onde ia - Acho que chego em Búzios a noitinha.

Fiz o retorno com meu carro e do retrovisor já o via caminhando, como faziam os antigos, como fizeram José e Maria, grávida, para viajarem 60 km de Nazaré à Jerusalém, como fez Jesus e todos de seu tempo, e na verdade, todos em quase todo o tempo dos homens na Terra.

Voltei feliz por ter feito uma pequena boa ação, coisa comum nos tempo antigos. em que as pessoas se ajudavam o tempo todo. Fiquei pensativo no que nos tornamos... Mais ilhados, mais acelerados, olhando cada vez mais para nossos celulares, conscidentemente bem acima dos umbigos.

Hoje, dia 26, já passou o natal, mas a chance de ajudar os que atravessam a sua caminhada continuarão em sua vida, talvez todos os dias.

Se dê esse presente.

Leonardo

sexta-feira, 24 de junho de 2016

quinta-feira, 7 de abril de 2016

terça-feira, 29 de março de 2016

Dízimos, ofertas e outras mesquinharias...

A primeira menção sobre o dízimo, na Bíblia Hebraica, ou no "Velho Testamento", como quiserem chamar, se dá com Abraão, que depois de vencer uma guerra, dá 10% dos pertences dos vencidos (mortos ou fugidos) para Melquisedeque, que foi um homem que apareceu do nada, sem antecedentes, sem ascendência, sem pedigree, era apenas um sacerdote, e reconhecido como tal por Abraão, recebeu os valores de sangue. O autor de Hebreus o considera uma representação do próprio Jesus!

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Meu Herói

Os santos, quando santos de fato, o são sem o saber. Na verdade, sabem que não são santos. São só gente que faz o bem nas oportunidades em que a vida lhes permite essa escolha.

Meu avô tinha várias dessas histórias. Meu pai também. Ele não as conta, às vezes ele comenta, não é que ele queira que eu não saiba ou coisa e tal. Simplesmente não é algo especial. Precisavam, ajudou.

Sobre o conflito na Palestina

Alguns pontos que queria falar sobre o conflito horrível entre Israel e o Hamas, na facha de Gaza:

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Aos talentosos, e aos nem tanto!

A Parábola dos Talentos está descrita em Mateus 25 e em Lucas 19. Dá para mensurar a sua importância no inconsciente coletivo português  do passado apenas pela palavra talento, que significa uma medida de ouro, e na língua portuguesa, a partir dessa parábola, passou a designar habilidades especiais: talentos.

Minhas lembranças das leituras desse texto não eram boas. Um certo Senhor, nobre, sai para negociar a posse de seu reino, e deixar talentos com seus servos (para testa-los), pedindo que eles os negociem. Muito tempo depois, quando volta, vê o que servos conseguiram aquinhoar, o que tinha 5 conseguiu mais 5, o que tinha 2, mais dois, e o que recebera 1, veio com desculpas: "sei como o Senhor é, pessoa muito dura, toma o que não é seu, colhe onde não planta... então tive medo e enterrei o meu talento". O Senhor é drástico: "Mal servo, pelas suas palavra o julgarei. Se eu sou assim como você diz, deveria pelo menos deixar meu dinheiro com os banqueiros, para que eu recebesse os juros. Peguem o seu talento e dêem-no ao que tem 10". Os empregados reclamaram: "Senhor, ele já tem 10 talentos!" E o Senhor responde:"Ao que tem mais se lhe dará, e ao que não tem, até o que tem lhe será tirado".

domingo, 12 de julho de 2015

Cosmos

Deus não precisa da minha crença (nem da de Degrasse) para existir,
 Deus simplesmente É. 
Acabei de ler a entrevista à Veja do astrofísico Neil Degrasse, que produz a nova série Cosmos, a mesma que Carl Segan fez a quase trinta anos atrás. Não é à toa que ele se auto-intitula continuador da obra de Carl Segan, uma espécie de discípulo desses cientistas, que embora insistam o contrário, são homens muito religiosos, e apesar de inteligentíssimos, não percebem que o tempo todo deixam vazar uma espécie de fé fanática, ora contrariando o método científico, que é a chave interpretativa da vida deles (o que não pode ser provado em laboratório, ou seja, repetido sob condições controladas, é falso e mentiroso), ora insistindo em comparações com o que religiosos dizem hoje, ou diziam a 500 anos, ou o que diziam a 3500 anos atrás...

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Precisa-se de mais Marquinhos



Varo a madrugada. Perdi o sono. Me consumo em lágrimas com um velho disco do grupo álamo que achei no youtube. Meu pai cantava essas musicas na igreja com seu playback, era lindo.

Me lembro do Marquinhos, que deu esse disco ao meu pai. Depois ele fundou a banda "Voz e Melodia", a igreja não gostava deles, digo, o pastor e mais alguns então influentes. Eles compraram seus instrumentos, ou os pegavam emprestado com algum conhecido, faziam suas próprias musicas ou cantavam o que achavam bonito. Como não tinham abertura na igreja, e como faziam tudo com simplicidade e amor ao evangelho, acabaram cantando em tudo quanto era lugar.

Tudo de graça. Tudo Graça. Era assim com todo esse pessoal: Alamo, Milad, Hagios, Rebanhão, Logus etc etc.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Parindo Jesus no natal do perdão.

Minha lembrança mais antiga de Natal foi o dos meus 3 anos, quando ganhei minha bicicletinha verde. Foi um natal de muitos brinquedos aquele, tanto que nem vi a bicicleta, empolgado com os brinquedinhos.

Pensando bem, meus natais foram minguando dali para frente, mas eu nem percebia, havia tanto amor e tanta riqueza do que de fato era ( e é) necessário para se viver...

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Acorda, Brasil


Fecho as cortinas de casa. Imagens de crianças e mulheres em pranto invadem minha sala... Desligo a tv. Mas não tem jeito, as crianças do vizinho não param de chorar... Não ouso olhar pelas frestas da cortina, vá lá que veja algo pior.

Não quero ligar para casa, não quero falar com meu Pai, com meu irmão, com meus filhos...

Quero apenas dormir... Como dormi em 86, depois de tanto sonhar com Zico, Josimar, Sócrates, Júnior, Careca...

Acho que o futebol brasileiro dormiu comigo, ali, para nunca mais acordar...

quinta-feira, 19 de junho de 2014

O pecado da incredulidade II - quando a "má vontade" nos cega para a vida

Depende do olhar - Você vê um pato ou um coelho?
 
 
A incredulidade, citada no capítulo 11 de Lucas, é um "estado mental" implantado na mente dos religiosos judeus, que os impedia de enxergar a Verdade, apesar de saberem que ela estava bem a frente deles, porque isso implicaria em decisões, mudanças de comportamento, atitudes que eles não estavam dispostos a tomar.

Essa é a matriz do pecado contra o Espírito Santo. E seu estágio avançado, ativo, é que vemos no mesmo capítulo de Lucas: as pessoas tentando a todo custo apagar a luz para que os outros não se encontrem.

Os religiosos judeus inventaram duas mentiras para invalidar os milagres de Jesus (na tentativa de apagar a luz) -  espalharam o boato que Jesus expulsava demônios porque tinha um pacto com o Diabo; e, para diminuir a força dos milagres que eles mesmos vislumbravam, começaram a pedir por um certo tipo de milagre - um sinal miraculoso no céu! - que comprovasse que ele era o messias.

O cansaço de Jesus com aquela geração é patente... O milagre que propõem a eles - o milagre de Jonas - a comparação que Jesus faz com um povo que Deus "quis" que se extinguisse...

Os de Nínive se converteram apesar da pregação desamorosa de Jonas; e ali estava falando quem era infinitamente maior que Jonas, quem amava infinitamente mais que Jonas.

Os de Nínive conseguiram enxergar o que os religiosos, cegados pelos seus preconceitos, não puderam ver.

Existe uma importância no nosso olhar. Isso influencia, e muito, nosso comportamento.

Se você vê possibilidades de ser enganado a todo momento nas pessoas que te rodeiam... Ou você está muito mal acompanhado, ou você perdeu a capacidade de confiar nas pessoas.

Se você é alguém amargurado com a existência, então em seu olhar não haverá o brilho da gratidão simples, você não perceberá, que de fato, nossa vida é composta de presentes que nos são dados a todo momento...

Se você não se perdoa, você não consegue perdoar seu próximo, e quanto mais assim for, mais culpa você joga em quem está a sua volta.

Há o olhar de incredulidade. Jesus chama de olhos malignos, e diz que é sinônimo de corpo em trevas...

Esse olhar não enxergou Deus... Apenas uma ameaça a uma certa posição social, a um certo status...
 
O antídoto para a incredulidade é a luz. E um corpo pleno de luz, sem parte alguma escondida, em trevas, faz da pessoa um iluminado.

Por isso, se enxergue, sem medo e covardia, se enfrente, e deixe ela, a Luz, carregarem suas baterias com o Sol do Evangelho, Jesus.
 
Leo
Texto escrito em Maio, entre idas e vindas de Italva à Macaé.
 

terça-feira, 29 de abril de 2014

O pecado da incredulidade

O que é incredulidade?

Achava que era carregar dúvidas a respeito do que me diziam sobre Deus, como se eu não pudesse questionar a bíblia hebraica, o paraíso, o porque do genocídio dos cananeus pelos israelitas, o porque de alguns nascerem com tantas dificuldades...

Não, isso não é incredulidade. Isso é só minha alma aprendendo dEle, é apenas alguém sendo sincero consigo mesmo, esperando discernir as respostas das suas perguntas...


segunda-feira, 17 de março de 2014

Sabedoria de para-choque

Vi outro dia uma frase de para-choque:

Quando acordo, Jesus está comigo. Se amanhã eu não acordar, eu estarei com Jesus.

Uma pessoa querida, ao me ouvir comentar, retrucou:

- É, mas tem um negócio de Maria ali em baixo...

- É... Tem. Mas e daí? A beleza, a gravidade e a Verdade desse dizer continuam tendo o mesmo peso...

Seguimos viagem.

É impressionante como deixamos de contemplar a luz do Evangelho, pelos mais diversos motivos!

Que dirá deixar a luz brilhar...

Leo

sábado, 8 de março de 2014

Compensações

A história do Carnaval remete às festas de embriaguez, glutonaria (que é comer, depois vomitar, e aí comer mais) e orgias promovidas pelas sacerdotisas de diversos templos na Grécia, em homenagem ao Deus do Vinho Dionísio. Não que este tipo de festividade já não acontecesse em diversos povos, culturas e tempos... O próprio Moisés presenciou seu povo com saudade do Egito, promovendo uma festa ao Bezerro de ouro. É, era uma festa de orgias...
Os Romanos tinham sua própria versão do Deus do Vinho: Baco. As bacanais, introduzida pelos gregos, eram festas secretas onde mulheres se entregavam aos “mistérios báquicos”, que se resumiam, como na Grécia, a êxtases proféticos induzidos pelos excessos sexuais. Isso virou uma febre na Itália, em especial entre as Patrícias, as mulheres da alta sociedade romana, a ponto do Senado proibir essas festas. Claro que elas continuaram, de forma ilegal, em toda República, inclusive com perseguição religiosa (e sentenças de morte) a esse culto, até que foram se perpetuando entre os Legionários Romanos, quando voltavam para casa, depois de 5, 10, 15 anos fora. Havia até vomitórios coletivos para esse fim...

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Apenas um detalhe...



Encontrei com um velho conhecido, ontem, na piscina do Clube. Ele me falou de sua paixão pela igreja, e especialmente por um certo movimento - uma nova denominação, como os evangélicos chamam os diferentes agrupamentos em formato de igreja institucionalizada - que o encantou, segundo ele, pela "liberdade do Espírito", pelo pentecostalismo "equilibrado", pela "Visão" que permitiu que essa denominação crescesse muito em pouco tempo... Pela seriedade dos líderes...

Depois de ouvir meia hora de explanação apaixonada, falei a ele com todo cuidado possível de quem percebe a necessidade de dizer a verdade para alguém que apesar de, tal qual todo apaixonado, não querer outro ponto de vista...

- Amigo, uma coisa me incomodou no seu discurso. E isso não tem nada a ver com suas decisões de seguir um grupo, uma denominação, nem com o formato litúrgico que te agrada. Respeito todas elas, como gosto que respeitem minhas decisões.

Continuei eu:

sábado, 28 de dezembro de 2013

Quebrando os circulos viciosos da mente



Me lembrei de um "feliz natal" dado por dois garis, no Jornal da Band, uns anos atrás, na maior felicidade. Simultaneamente ouve-se o áudio do âncora do jornal, Boris Casoy, que sem saber ser ouvido, fazia troça dos garis...

Minhas professoras de primário, desde a 1ª série, desde meus cinco anos de idade, nos estimulavam a estudar amedrontando-nos com a possibilidade de nos tornamos garis, caso fracassássemos nos estudos...

sábado, 7 de setembro de 2013

Amor e Paixão

Escrevi e publiquei este texto um ano atrás. Como fala do amor, não se desatualiza nunca...


O amor é uma atitude. Uma consciência que supera o hábito e se materializa na vida do outro. O amor, quando amor maior, age ante o pior sentimento, ninguém o para, é uma locomotiva desgovernada rumo ao outro. Às vezes os trilhos não aguentam o amor. Às vezes, pelo medo do amor, nós o matamos. Em raros casos, quando se transcende o medo, e amamos para além das convenções, matam o nosso amor, e nos matam com ele. É a sina de quem ama. E quem ama não entende isso como sina. 

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Não sou esperto, mas eu sei o que é amar


Me lembrei do filme do Forrest Gump, quando ele pede a Jenny em casamento, e ela refuta. Ele insiste:

- Jenny, porque você não me ama? Jenny, eu não seria um bom marido?
- Ah Forrest, não é isso, é que...
- Jenny, eu não sou um cara esperto, mas eu sei o que é amar!

terça-feira, 28 de maio de 2013

Para além do que os olhos vislumbram

Estou ouvindo uma musica maravilhosa... As vezes achamos que nada nos pode mais surpreender. Doce engano...

A vida é muito maior que o que nossos olhos vislumbram, mas ela se torna do tamanho do que enxergamos... É por isso que tento me guiar pela fé. Eu sou pequeno demais para servir de parametro para o que minha alma anseia...

Eu anseio por um mundo justo, justica entre os homens, sem manipulacoes, sem constrangimentos, sem as velhas armas de coacao, sem mandadores, sem acumuladores... Sonho de fome de justica que espero náo me fazer comer ninguém.

Anseio rever meus amigos queridos, as vezes tao distantes... Nisto há um mistério, que há amigos que se tornam íntimos já na primeira conversa, asa vezes íntimos por uma única conversa, e permanecem íntimos para toda eternidade, sem nem mesmo saberem...

Sonho com a felicidade dos meus filhos.

E sonho com voce, meu amor, para sermos felizes como nunca fomos.

Mas a vida é tao maior que tudo isso...

Na verdade, a vida só é vida quando náo a penso como a minha vida, mas como o tempo que passo aqui para fazer vida na vida dos outros, seguindo rumo a um certo madeiro...

Enquanto isso, a minha rainha altiva - Como está cantando agora o Stenio Marcius - minha rainha altiva tem que cair de joelhos perante Ele, todo dia.

Macaé,
Leo


sábado, 20 de abril de 2013

Carta aos Efésios III - O mundo, a carne, o pecado. E para além delas: a Graça

Anfiteatro de Éfeso, com capacidade para 25 mil pessoas. Provavelmente neste local Paulo foi arrastado para dar explicações e acalmar a multidão que durante horas gritava "grande é diana dos efésios".

Leitura: Efésios 2:1-10

No capítulo 2 da carta aos Efésios Paulo introduz dois termos que sempre causam muita confusão em que lê a Bíblia: mundo e carne. 

Epílogo de Efésios cap. 2: Falando da Graça em Jesus antes de falá-la em Paulo

"Mar da Galiléia": às margens desse lago, pregando, ensinando e curando, Jesus passou boa parte de seu ministério.
Antes de falar do capítulo 2 do livro de Efésios, que trata sobretudo da Graça de Deus, eu gostaria de postar um texto sobre a Graça na boca e na vida de Jesus. No final do texto, eu coloco o link para mais dois textos com conteúdo semelhante. Abraço a todos.

sábado, 9 de março de 2013

Carta aos Efésios II - A Centralidade em Jesus

Biblioteca de Celcius - Centro de Éfeso
Leitura: Efésios 1:7-23

O mistério de Deus... Fazer convergir em Cristo tudo quanto existe, todos os elementos que estão no Céu como os que estão na Terra

Talvez essa seja a grande "chave hermenêutica" do pensamento de Paulo quanto a Deus.

Tudo em Paulo apontava para Jesus.

Ele, um perito espetacular da Lei Mosaica, provável jovem membro do Sinédrio, discípulo de Gamaliel, o maior Teólogo de seu tempo, este Paulo agora faz as interpretações aparentemente mais arbitrárias possíveis da Lei. Arbitrárias sim, a não ser por um elemento novo, a não ser por um mistério revelado...

Paulo descobriu que a leitura dos profetas e da torá só faziam sentido se apontassem para Jesus.

Os Salmos de sofrimento de Davi ficaram límpidos...

sábado, 2 de março de 2013

Carta aos Efésios I - Os Santos e os Predestinados de Paulo

Ruínas de Éfeso - 2010
Sempre falaram que a carta aos Efésios era a mais profunda das escritas por Paulo. Nunca achei isso até tomá-la para lê-la com mais calma junto dos irmãos do Caminho neste início de ano.

Paulo abre a carta saudando os irmãos de Éfeso:  "Paulo, (...), aos santos e fiéis em Cristo Jesus que estão em Éfeso".

Nunca entendi a santidade. Na verdade a entendia de maneira errada. Santo era quem não cometia erro, quem não pecava. Como eu não era sínico, vivia frustrado porque me via fora das realidades de Paulo, de João e do meu Deus.

Uma explicação aos meus amigos distantes

Gente querida,

Tenho escrito muito pouco. O tempo de fim de semana está curto desde que meu filho nasceu, além disso a Luísa está em uma fase de muitos ciúmes.

As semanas tem sido puxadas, o trabalho apertado, tenho lido o evangelho com os irmãos do Caminho  em Rio das Ostras nas quartas, e agora estamos começando a lê-lo em Macaé, na minha casa, nas segundas, todos são bem vindos. Às vezes consigo ir a academia, e agora estou voltando a estudar inglês. Vamos ver.

Bom, no mais, vou tentar colocar as reflexões de quarta-feira aqui no blog. Paciência.

Até, e um abaço a todos.

Leo

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Sem me dar conta

Não sei se sou religioso. Não estou preocupado em ser ou não ser religioso. Isso para mim não é uma questão.

Tento ser de Jesus. E viver a mensagem do Evangelho pregado por Ele. Às vezes é fácil. Em geral não é.

A parte mais fácil é me ajuntar com meus amigos e orar, cantar louvores, pregar e ouvir a Palavra do Evangelho, tudo com muita conversa.

Falar de Jesus é fácil, as oportunidades que não tem sido tantas; mas é como falar do Lucas ou da Luísa. É fácil falar do que amamos.

Falar é muito mais fácil que viver o evangelho...

sábado, 22 de dezembro de 2012

Feliz Vinho Novo

Não se põe vinho novo em odres velhos, para não acontecer do vinho fermentar, estourar o odre (como se chama a bolsa de couro usada para tal) e se perder. Também não se põe remendo de pano novo em vestidos velhos, porque o remendo, mais forte, rasgará o vestido quando submetido a um esforço.

Se põe vinho novo em odres novos, para amadurecerem juntos. Remendo novo em vestido novo, para envelhecerem juntos.

Essa era uma constatação prática aplicada por Jesus ao que acontecia nos seus dias.

Formatos antigos são engessados de mais para suportar o que seja novo, diferente.

Se esse algo novo for então o evangelho de Jesus...

Porque era impossível que a religião da época pudesse conter o evangelho.

Porque é impossível que qualquer sistema religioso possa conte-Lo.

domingo, 4 de novembro de 2012

Quando o coração escolhe o mal.

Conheci um certo Fernando, cerca de 40 anos de idade, no início do ano, que se ofereceu a gramar meu quintal. Não gostei do sorriso dele, sem saber discernir o que era, mas até que daria o serviço para ele, porque no mais ele era totalmente comum. 

Há cerca de um mês atrás aconteceu um crime bárbaro em minha cidade natal.

Uma garota já desaparecida a mais de 20 dias foi achada na casa de praia de um homem. Ele cortou a garganta quando soube que a polícia iria cavar seu terreno em busca dela.
 
Ela foi esganada e enterrada debaixo de um cômodo em construção. A perícia mostrou que ela estava viva quando foi enterrada.
 
O assassino é o próprio homem, dono da casa. É o Fernando.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O Enigma

Enigma, máquina usada pelos alemãs para criptografar suas mensagens na 2 guerra
Os alemães aprimoraram uma máquina de códigos portátil, chamada Enigma, durante a 2ª guerra. Com ela eles conseguiam se comunicar via rádio sem preocupações de terem suas mensagens interceptadas. Até que o governo Britânico com ajuda de matemáticos poloneses e de códigos roubados pelos fransceses, conseguiu quebrar o segredo da Enigma. Os Alemães nunca desconfiaram disto. Estima-se que o fim da guerra foi antecipado em 1 ano por conta da quebra do segredo.  


O que isso tem haver com o evangelho? 


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Comendo da maçã do evangelho

*Dedico este texto ao meu amigo Felipe, que conheço a tão pouco tempo e que vejo tão pouco mas sinto como se já fosse um amigo de longa data.

Adão e Eva comeram do fruto da árvore do bem e do mal. A figura do fruto como "maçã" veio muito tempo depois, provavelmente a partir do sincretismo oficial do evangelho com as religiões do Império Romano, no caso, a maçã de Artemísia, também esta maçã um símbolo sexual (quando cortada ao meio seria o sexo de Artemísia), e daí outra resposta histórica de porque tanta gente até hoje associa o pecado no Paraíso ao ato sexual de Adão e Eva (que de pecado não tem nada), e não a desobediência a partir do motor da inveja de serem eles iguais a Deus.

 Então vem Jesus, milhares de anos depois, um novo Adão, um novo "primeiro homem", não buscando ser igual a Deus, antes buscando o tempo todo esvaziar-se de sua glória, de sua divindade, mesmo sendo Ele o próprio Deus. Não buscando comer de fruto nenhum que não fosse o próprio Deus, e o tempo todo dando de si mesmo para ser comido.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Vai com Deus Lucimara

Dei carona, ontem, na véspera do feriado da independência, a uma mulher, esbaforida, nervosa, assustada, no trevo de Conceição de Macabu.

O nome dela é Lucimara.

Ela ia a Campos, sem um real no bolso, cuidar da tia que não tem ningúem e está jazendo no hospital.

Ela tem duas filhas adolescentes, apesar de ter praticamente a minha idade. Não tem marido. Ajuda os pais.

Ela é do interior de Conceição, todos lá são muito pobres, muito carentes.

Ela disse ter medo dos...

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

pre-intestinados

Não sei se existe predestinação. Na verdade, não me importo muito com ela. Digo isso da predestinação que leva a conotação do olhar que diz: ele vai para o céu; ou, ele vai para o inferno; e, ele não aceita a verdade porque estava predestinado a isso; ou ainda, aquele povo que nunca ouviu o nome de Jesus não foi para o céu porque estava, infelizmente, predestinado ao inferno...

Creio que Ele sabe de tudo. Na verdade, sempre soube, já que o tempo foi criado por Ele.

É como se Deus olhasse para todas as páginas do livro da vida de uma vez só. E se você entende isso, o olhar calvinista da predestinação perde completamente o sentido. Acho que o próprio Calvino, se houvesse nascido em nosso tempo, com acesso a física moderna e as teorias da relatividade do tempo de Einstein, o próprio Calvino não pensaria como pensava.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Um atleta para além das olimpiadas


As olimpíadas de Londres estão chegando ao fim. E assistindo ao jogos, ainda mais sendo no Reino Unido, vem a minha mente  a história de Eric Liddell.

Eric Liddell é considerado o maior atleta da Escócia, e o personagem retratado em "Carruagens de Fogo". Filho de missionários escosseses, nascido na China, voltou a terra natal para estudar Ciência Pura na Universidade de Edinburgo, e lá tornou-se o homem mais rápido do mundo, recordista mundial dos 100 m rasos. Nas eliminatórias européias de atletismo para o ingresso à Olímpiada de 1924, em Paris, chocou o mundo ao recusar-se a disputar "sua prova" no domingo, por causa da sua religião, ainda sob impressão muito forte do movimento puritano, que na época proibia a prática de jogos no "Dia do Senhor", como se Deus tivesse dia específico para o bem... Mas enfim, segundo a sua consciência, tomou a medida que julgava correta.

Por sua recusa foi convidado a comparecer a uma conversa com o Príncipe de gales. Eis que o conselheiro do Príncipe de Gales  instava com ele, a respeito disso, e da necessidade daquela medalha de ouro para o País, e ouvindo a negativa do jovem corredor, indignado, arguiu o rapaz:

-- Você sabe com quem está falando? Rapaz, qual o limite da sua arrogância?

Liddell respondeu sem titubear:

sábado, 28 de julho de 2012

O Presente


Uma comida tenho para comer
E essa comida não é a comida de igreja
Não é feita de música, nem de caras contritas
Muito menos de egoístas preces aflitas

Uma bebida tenho que beber
Não é essa adoração de cantorias e choros que entregam,
Que têm com a certeza de quem cumpriu o seu dever
Mil razões para de mim se esquecer.

Hoje eu estou muito solitário, a procura de quem busque por mim
Uma solidão, que vá lá, se resolveria com uma conversa
Pena que vocês, meus filhos, estão com tanta pressa
Será que por esse velho pai ninguém mais se interessa

Que frieza, que gelo
Será que esse pessoal não vai entender
Esse fogo santo que tentam a alma encher
Sempre se apaga
Se o pobre o corpo não se agasalha?

Ah não! Deus não é um cachorro que precise ser alimentado
Muito menos um menino carente de paparicos
Não é um velho ou um doente
Nem gente pobre morrendo de frio,
que na cama os filhos amontoa, e pede a Jesus para os acudir
Pelo menos até o sol surgir.

Mas se esses pequeninos você acalentar
Ao mendigo você alimentar
Aos necessitados, com doce servidão, acolher
Ajudar esse vizinho pobre, esse velho,
Toda essa gente que não tem como pagar
Não se assuste com meu sorriso... É Adoração divina
Evangelho puro e simples,
É Graça, é amor, subindo às minhas narinas

Vinde, benditos de meu Pai,
Venham para que eu agora os acalente
porque o bem que fizestes a cada um destes
A mim mesmo, presentes impagáveis, oferecestes.

Leonardo Cordeiro

quarta-feira, 18 de julho de 2012

procrastinação


Há alguns anos li em um livro que um dos melhores remédios para a procrastinação é uma boa noite de sono. E depois outra, e outra.

Esse palavrão, procrastinação, nada mais é que a postura de "deixar para depois" o que pode ser feito agora. Em geral, retardamos o que não nos agrada, num crescente que torna a pessoa, de um lado, desfuncional, às vezes totalmente, ou pouco produtiva, "enrolada", e do outro lado, culpada, muito culpada.

Eu, na escola, adquiri este hábito. Quase todos agiam assim na minha época. Deixar para estudar no último momento. Era até algo cultuado. "Olhe, ele consegue notas altas pegando nos livros somente na última hora". Até o Bill Gates cultivava este tipo de atitude, em Havard, onde passava o tempo todo jogando pocker, e depois no trabalho, até se juntar com os japoneses, que o ensinaram o valor da disciplina.

Tenho dormido cedo. Meu trabalho, fluido mais facilmente. Sim, me sinto culpado quando, depois de uma noite mal dormida, não consigo fazer o que é preciso, e o trabalho vai se avolumando.

Apesar de me saber perdoado até nos meus ralos cabelos da careca, sinto culpa quando não produzo no trabalho. Existe uma culpa boa? Sim, a que me chama para realidade, que me mostra estar errado.

Até porque quem não sente culpa são os psicopatas clássicos. Tipo "psicose". 

Enfim, tenho dormido melhor, trabalhado melhor, e... A culpa foi embora. Claro, tem também uma vontade, uma necessidade interna para a quebra do hábito. Porque esta, a procrastinação, é um vício mental.

Quebrável este vício? Ora, claro. Tão mais facilmente quanto melhor disposto você estiver para o trabalho, tão mais facilmente quanto mais você praticar o exercício diário de fazer, não o que você gosta, mas sim o que é preciso! E aí em você irá nascer um prazer, não de fazer o que gosta, mas de gostar do que faz.

E sim, você se livrará disso tão mais facilmente quanto menos culpa você sentir em relação a isso, e creia, em relação a vida.

E NEle, ah eu sei! NEle eu sou perdoado.

Macaé, 18 de julho de 2012
Leonardo Cordeiro

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Convencidos, convencedores e converseiros

Max von Sydow e Julia Andrews interpretando missioários no ótimo filme Hawaii, de 66



Recebi um email-enforme de um de um missionário em abril, com uma mensagem que me arrepiou, não por alguma maldade da parte dele, mas pelo noção distorcida da Graça de Deus, e por uma visão exagerada do Deus do velho testamento em detrimento de Jesus. Eu só publico agora, algum tempo depois, para preserva-lo de qualquer constrangimento.

Sinceramente, constrangido, me sinto eu, tendo de escrever para gente que se dá pela causa do evangelho.

Acho que a teologia da prosperidade, que prega a impossibilidade de sofrimento para aqueles que creem em Jesus, e a tal batalha espiritual (que sempre inventa uma brecha, um buraco, para justificar porque em alguns - e em tempos de crise, quase todos - o evangelho não se materializa em dinheiro no bolso), acho que essas teologias fizeram e fazem um grande estrago na cabeça de muita gente boa da igreja evangélica brasileira. E a cada dia me convenço que esses muitos são muitos mesmo.

Não sei bem o pôrque disso. Desde que a Verdade me alcançou, as coisas se discerniam em mim, e mesmo quando eu seguia o caminho errado, lá no fundo eu sabia...

Às vezes acho que dos convencidos destas teologias, muitos são convencidos de si mesmos, convencedores do seu convencimento, converseiros de uma auto-ajuda que não ajuda, no máximo atenua, aquilo que só É pela pregação do Evangelho.

Não sei se esses da carta se enquandram nesta categoria, espero que não, maas isso já é assunto entre o Pai e cada um de seus Filhos.


A Carta:
Oi,
 

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Amor, paixão, e a loucura da Cruz


O amor é uma atitude. Uma consciência que supera o hábito e se materializa na vida do outro. O amor, quando amor maior, age ante o pior sentimento, ninguém o para, é uma locomotiva desgovernada rumo ao outro. Às vezes os trilhos não aguentam o amor. Às vezes, pelo medo do amor, nós o matamos. Em raros casos, quando se transcende o medo, e amamos para além das convenções, matam o nosso amor, e nos matam com ele. É a sina de quem ama. E quem ama não entende isso como sina. 

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Não durma

Outro dia vi a Fernanda Monte-Negro dizer qual seu conselho para os que chegam a ela motivados em ser atores.

- Desista!

É o seu conselho. Ela explica:

- Se ele, desistindo,  for para casa e se então não conseguir dormir porque aquilo é mais forte do que ele, e se aquilo o incomodar a ponto de fazer-lhe voltar para o sonho, então ele pode ser um ator. Porque o que acontece é que a maioria se torna ator por causa das transas, da ilusão da fama e do dinheiro...

Volto com as palavras de Jesus, ditas após Pedro o "aconselhá-lo" à moderação, a desistir daquela história de ir a Jerusalém sofrer o castigo da Cruz nas mãos dos religiosos:

- Se alguém quer ser meu discípulo, negue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me!

Se alguém quer... Se alguém quer?

sábado, 9 de junho de 2012

O passarinho que nunca parou de cantar

Janires
"Foi há muito tempo atrás,
Tempos que não voltam mais.
Eu, com a cabeça de menino,
corpo e asa de passarinho."


Algumas palavras sobre Janires, de quem ouvi muita coisa boa, e diferente, no tempo em que gente, aparentemente ingênua (porém atrás de um prêmio muito maior que o dinheiro ou fama), fazia música evangélica, indo e vindo em troca de gasolina e, vá lá, a garantia da compra de uma micharia de vinis e k7s. Algumas igrejas davam uma ajuda. Mas essa não era a regra, na verdade, não era nem a expectativa das bandas, todos amadores, vivendo a sua maneira, cada um como podia, apenas crendo que estavam espalhando a semente do evangelho, esse sim, seu pagamento. 

terça-feira, 29 de maio de 2012

Está chovendo na horta do meu ser

É maravilhosa a chuva que cai depois de uma grande estiagem.

Nada como uma seca para vermos que somos totalmente dependentes, totalmente estéreis.

Nada como uma seca para abrir boas rachaduras que cheguem até o coração, até onde somos sem sermos nossa propaganda para os outros.

É nesta hora que certas sementes, boas e más, tem a chance de brotar com a chuva que vem.

E Ela vem, ah Ela vem, vem e vai, comforme É.

Está chovendo na horta do meu ser.

E eu não quero sair de baixo dela.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Em Salta, bem em cima do Éden

Estou em Salta, Argentina, no meio de rochas de 65 milhões de anos, na verdade, fósseis de micróbios que produziam calcário, precursores das "conchas".

Não, as melhores teorias científicas a respeito não permitem a possibilidade de Terra e a vida terem sido construídas em 6 dias.

Mas um dia para Deus é como mil anos... E porque não 1 bilhão de anos?

E eu não tenho problemas com o Éden.

domingo, 15 de abril de 2012

Impressões de um domingo a noite

Apenas um Café*

Nestes dias colhi impressões ruins, mais do que o normal, de algumas pessoas, cristãs, todas sinceras.

Um missionário, jovem, escreveu que Jó sofreu porque abriu brechas para o diabo quando orava, cheio de preocupação, por seus filhos. Não consegui ficar quieto, e respondi a ele, que não gostou. Não gostou mesmo.

Ouvi um pastor batista, relativamente famoso, falando em uma rádio, com uma pregação de pura religiosidade. Nem espremendo dava para tirar uma gotinha de Jesus daquele negócio. Meus pais ouviram tudo. Não fez bem para eles.

Disse para um amigo que estava com saudades dele, e ele, praticamente meu vizinho, me convidou para ir a sua igreja, a vários quilômetros de distância.

segunda-feira, 12 de março de 2012

O Senhor do Tempo

Haveria algo ou alguém antes de Deus? Ou, porque não seria Deus um ser criado?

 Me fiz essas perguntas quando novo, para logo em seguida raciocinar: Se Deus for um ser criado, quem quer que o tenha criado será ele o próprio Deus. E se houve alguém antes dele, ora, neste raciocíonio porque não haveria alguém antes deste alguém e assim por diante, numa genealogia divina sem sentido?

Ora, se alguém tivesse de vir primeiro, então a esse alguém eu chamaria Deus.



E por que Ele não poderia ter criado o tempo?

Sim, Deus criou o próprio tempo, sendo Ele mesmo anterior as nossas categorias de passado e futuro.

Aliás, Deus para ser meu Deus, tem de ser Senhor até do tempo! 
 
A medida que fui tendo acesso a ciência todos esses meus conceitos foram sendo esclarecidos.

O tempo, afinal de contas é algo relativo...

quinta-feira, 8 de março de 2012

Para o Último Discípulo do Mundo



Imagine uma situação em que as igrejas parassem de pregar o evangelho, e substituíssem a mensagem do perdão incondicional de Jesus (na Cruz, e todas as bênçãos espirituais que advém daí, de Graça) por uma mensagem de barganha com Deus: o toma-lá-da-cá do dízimo pela prosperidade, a freqüência adoecida em correntes de oração para o alcance de milagres... 
  
Imagine que os pastores e líderes tomassem o lugar de Jesus como alvo de fé e confiança, seguindo o mesmo raciocínio do panteão de santos católicos, e que esses líderes se auto-proclamassem apóstolos, bispos, etc...



terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Poesia da saudade

Os sinos do silêncio
Batem forte na solidão
Mais ainda os prefiro
Às risadas sem rosto
E aos rostos sem coração

Ah, o verdadeiro riso
A face amiga
O sexo que domina pela entrega
O abraço da filha
A benção do pai

É você, que saudade, é você, meu aio
Diamante na memória
Às vezes vem como um raio
Me ensinando que sem morte não há glória

Na rede me embalo nas lembranças
De uma vida cheia de esperanças
Muito menores do que consegui
Muito maiores do que sou

Mas, enfim, tudo isso pouco importa
Quando o amor... Ah quando o amor
Quando o amor bate à porta

Leonardo Lima Cordeiro
Macaé
28/02/2012

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Questão de dignidade

Jesus certa vez foi convidado para um banquete na casa de um religioso fariseu, que junto com seus amigos o media de cima abaixo.

Jesus, então, relaciona uma série de parábolas, entre elas a de um certo rei que prepara um grande banquete, e que vê de um a um seus convidados negarem o convite pelos mais diversos motivos. O rei manda matá-los e destruir sua cidade, definindo que os convidados não eram dignos! Depois convida toda sorte de gente possível: bons e maus, coxos, cegos, mancos, e toda sorte de escória social (conforme a ordem de valores vigente). Depois o rei ainda manda que os servos refaçam o caminho, e que levem as pessoas à festa, nem que seja a força.  Eles recebem, de Graça, vestes limpas, nobres. Quando o rei está a passear entre os convidados, percebe um que não vestiu as roupas e o expulsa do meio. Jesus termina a parábola extranhamente, dizendo "porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos".

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Cortar o tempo


Comprei uma guitarra. Sonho de adolescente. Meus amigos sabem que não toco nada, mas enfim, toco minh'alma quando brinco com a música.

Entrei para academia. Gosto de exercícios, mas estranhamente, assim como a música, havia me afastado tanto de um como de outro.

Comecei a escrever. Criei até este blog. E também tenho cozinhado, bastante, a patroa está gostando, rs.

Acho que esse ano foi um desabrochar para várias coisas das quais eu amo fazer, mas o enferrujar da vida me havia bloqueado.

Já havia voltado a jogar bola, com paixão, ainda em 2010, até ter uma costela ser trincada. Espero voltar. Não sei quantos anos de pernas fortes ainda me restam.

O tempo está passando. Minha filha já está com praticamente 3 anos. A mesma idade do meu renascimento.

Do primeiro de muitos, em muitos anos.

2011 foi um bom ano. Espero também ser grato nos anos difíceis.

Pensando bem, 2011 foi um ano complicado sob vários aspectos, mas é como se o evangelho nos protejesse, não dos acontecimentos, mas da importância que damos a eles, e logo, da suas consequências em nosso ser.

Pensando melhor, 2011 teria sido desastroso se o evangelho não me movesse para as decisões certas da vida.

Bom, para 2012, presenteio-lhes com este poema de Drumond, que percebeu a falta de sentido que faz esperar o novo ano para se fazer novos votos e se criar novas esperanças.

Concordando com Drumond, acrescento que nossa esperança não pode se basear em um número, mas em algo maior. Na verdade, descordo dele, porque no fundo não creio que a maioria das pessoas espere melhoras sem tatearem, mesmo não sabendo, tatearem a sombra daquEle que nos chama, todo dia, para um novo começo.

Ano novo, vida nova!

Todo dia, chance de vida nova!

Porque não? Porque não dar-se a si mesmo este presente?

Macaé, Primeiros dias de 2012.
Leonardo Cordeiro

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Cortar o tempo

Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.


Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.


Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.

Drumond

terça-feira, 8 de novembro de 2011

A Ordem de Melquisedeque

 Melquisedeque...

Melquisedeque, rei de salem, que depois veio a se tornar jerusalem

Melquisedeque, a quem Abraão pagou o dízimo...

Abraão, pai da fé, pagando dízimo a um sem estirpe bíblica, sem pedigre, sem genealogia.

Bastou isso para o escritor de Hebreus enxergar ali uma nova ordem, antes oculta, mas agora revelada em Jesus.

A ordem de Melquisedeque

Não, Deus não amava apenas os Judeus, Deus amava, ama e amará a todos. A ponto de se sacrificar, para que nós vivamos.

A lei judaica, dada por Moisés, para o escritor de Hebreus, se resume a um conjunto de ordenanças que são apenas sombras, tateados grosseiros, do que estava por vir...

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Carruagens de Fogo

Um colega no trabalho, hoje, me fez lembrar de Eric Liddell.

Eric liddell foi o maior atleta da Escócia, e o personagem retratado em "Carruagens de Fogo". Filho de missionários escosseses, nascido na China, voltou a terra natal para estudar, e lá tornou-se o homem mais rápido do mundo. Nas eliminatórias escossesas, recusou-se a disputar a prova no domingo, por causa da sua religião, ainda sob impressão muito forte dos puritanos, que na época proibiam jogos no "dia do Senhor", como se Deus tivesse dia específico para o bem... Mas enfim, segundo a sua consciência, tomou a medida que julgava correta.

Eis que o conselheiro do Príncipe de Gales  instava com ele, a respeito disso, e da necessidade daquela medalha de ouro para o País, e ouvindo a negativa do jovem corredor, indignado, arguiu o rapaz:

-- Você sabe com quem está falando? Qual o limite da sua arrogância?

Liddell respondeu sem titubear:

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Fim dos dias


"Observai a figueira, bem como todas as demais árvores. Assim que começam a brotar, percebendo-o, reconheceis, por vós mesmos, que o verão está chegando. Da mesma forma, quando notardes que estes eventos começam a ocorrer, sabei que está próximo o Reino de Deus. "

Jesus falou de sinais específicos para os últimos dias.

Um deles era a volta dos Judeus à Palestina.  A profecia de Jesus sobre a destruição de Jerusalém e a expulsão do povo Judeu da Palestina se concretizou no ano 70 DC. Desde então os Judeus vagaram por toda a Europa, África e Mesopotâmia, e num milagre que ninguém consegue explicar, 2000 anos depois dos Romanos expulsarem-nos de sua Terra Prometida, eles começam a migrar de volta, montam os kbutz, recriam a língua e a ensinam às suas crianças, e depois dos horrores do Holocausto recebem da ONU, pela boca de um brasileiro, a permissão de fundarem um País, derrotando os Árabes inconformados com a decisão, em poucos meses, sem nem ao menos possuírem um exercito.

Outros sinais do fim são os fortes terremotos em vários lugares, epidemias horríveis e uma grande falta de alimentos, tudo acompanhado de guerras de caráter global.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Porque das cachorrinhas é o Reino de Deus


Quando o enfrentamento com os fariseus da Galiléia se extremava, e o povo atrás de pão e milagres o sugava ao limite, e também por conta de coisas que não sabemos, Jesus se retirava para lugares onde sua fama era pequena, para descansar, às vezes fora do País. 

Certa vez, rumo a antiga Fenícia, uma mulher começa a "persegui-lo", pedindo por um milagre.

sábado, 3 de setembro de 2011

Água da Vida


 Vários discípulos abandonaram Jesus quando Ele endureceu seu discurso, propositalmente, para que aqueles que estavam atrás de pão e circo se enxergassem.

A multidão não queria o Pão que desceu do céu. Estava a fim era de uma "boca livre".

Jesus estava oferecendo sua Carne e seu Sangue.

Seguir Jesus implica em saber quem moeu Jesus na Cruz - eu mesmo - e participar do seu sofrimento, na vida.

E essa dor não é a dor da negação budista, cuja dor é ela mesma o objetivo.

A dor da vida da qual Jesus fala é a dor que vem junto com a doação em prol da verdade, da generosidade e das atitudes práticas pelo bem do próximo.

Tudo impossível de se praticar se não houvesse o sangue de Jesus a beber. O sangue derramado na cruz. Um ligar-se a Deus que apaga todas nossas culpas e que nos enche do seu Espírito, que nos enche Dele próprio.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Jesus e o "botão da descarga"

"Uma listinha de 10 coisas importantes a se fazer para sobreviver:
  1. Concentre-se em Deus. Ele é mais importante que as pessoas.
  2. Preocupe-se com as pessoas. Elas são mais importantes que as instituições.
  3. Preocupe-se com si mesmo. Se não estiver bem, não vai prestar pra nada.
  4. Insista em amar as pessoas verdadeiramente. Isto é um exercício mais difícil que musculação.
  5. Converse com as pessoas que não esperam sua atenção. Principalmente os invisíveis (tipo mendigos).
  6. Divida tudo. Sem excessões. Dê 50 reais pro vigia do carro. Chame alguém na rua para lanchar.
  7. Desista de ter resposta para todas as perguntas. Entenda a importância de dizer “não sei”.
  8. Beba devagar. Sinta sua vida medíocre em cada gole.
  9. Seja grato.
  10. Aprenda a andar com o "botão da descarga"* apertado. Às vezes funciona bem."

Uma listinha do Ariovaldo Jr, que é não é o Ariovaldo Ramos nem filho deste, rs. 

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

João Ninguém, João de Deus

João Batista, após ser preso, tem uma espécie de crise com relação a Jesus. Ele havia batizado o Senhor, e visto o Espírito descer sobre Ele na forma de uma pomba, e ouvido a voz do Céu que apontava Jesus como o Messias. Havia direcionado Pedro e João (filho de Zebedeu, o futuro apostolo) a seguirem a Jesus por ser Ele o Cristo e testemunhado Dele desde então.

Depois de preso, ele envia dois de seus discípulos a Jesus para perguntar se Ele realmente era o Cristo.

Interessante a reação de Jesus: não condena João na sua incredulidade, muito pelo contrário, o exalta perante todos.

Ora, por quê?

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Um grão de trigo chamado Dostoievski

Dostoievski é o meu romancista favorito, pelos seus personagens e enredos complexos, pela profundidade psicológica que ele conseguia discernir e expressar, pelos heróis ambíguos e inseguros como nós, mas que seguem em frente por algo maior que eles, e especialmente pelo Evangelho, pela Graça e pelo Perdão contidos em suas histórias e em sua vida.

Acusado de traição contra o Czar, foi condenado a forca e recebeu o comunicado de "perdão", já com o capuz no rosto, enviado por um mensageiro de última hora. Um capricho de um governante que gostava de mostrar ao povo sua "generosidade". No mesmo dia, Fiodor Dostoievski enbarca para a prisão pérpetua na Sibéria, quando, ainda no trem, recebe um Novo Testamento que mudaria para sempre a sua vida.


Anos depois, ele diria a frase que eu e muitos gostariam de ter dito:

"Se vocês me provassem que a Verdade não está em Jesus, fiquem com a Verdade, eu continuo com Jesus"

terça-feira, 26 de julho de 2011

A disposição mental reprovável

Mais um texto do meu amigo Cesar Garcia, que sempre me ensina o evangelho em nossas conversas.
 

O império Romano sempre se caracterizou por desvios de conduta das mais variadas matizes, da pornografia exacerbada ao surto de egos ávidos por poder dos imperadores e aristocratas. 

No que tange a imoralidade sexual e o homossexualismo, possivelmente foi herança dos gregos que já os praticavam em seu império. Na religião grega até os deuses mantinham relações homossexuais, como é o caso de Zéfiro e Jacinto e o lesbianismo foi amplamente divulgado pela poetisa Safo de Lesbos (daí o termo lésbica). E em Roma, não foi diferente, em filmes e recriações de cenários romanos é possível perceber desenhos de pênis nas paredes das residências, como na famosa imagem fálica em calçamento de rua em Pompeia, com a inscrição em latim “ Aqui mora a felicidade”.

É nesse contexto que Paulo escreve sua epístola aos Romanos e logo no primeiro capítulo trata do tema mais comum a eles, a imoralidade sexual e toda a sorte de perversão de alma que os atos de lascívia trazem para a existência humana.