Produzi este texto ano passado, em meio a propaganda politico-religiosa para presidência da República, toda baseada em maldições ao País caso as leis de legalização ao aborto e as leis anti-homofobia forem aprovadas no Congresso.
Infelizmente, esses assuntos não saem de moda.
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Não é de agora, desde o imperador Constantino (mais ou menos 315 D.C.), que tornou o Evangelho uma das religiões oficiais do Império Romano, criando o Cristianismo, que esse tipo de coisa acontece: a igreja institucional querendo fazer com que todos, inclusive os que não comungam da mesma fé, sigam seus ritos/verdades. A ditadura da fé.
Constantino, o 13° apostolo.
Um só Deus, um só imperador...
Começa a teologia do Cristo-Rei, da igreja-estado, começam as doações de terra para a "igreja", salários estatais para os bispos, isenção de impostos, a boca do inferno é extremamente expandida, quanto mais medo mais subserviência, aos poucos, a salvação em Jesus se converte em salvação pela "igreja".
Tudo foi dado a "igreja", desde que ela fosse um dos fundamentos do Império Romano...
Dá para imaginar Jesus trabalhando para César?
"Tudo isso te darei, se prostrado me adorares"...
"Aí vem o príncipe deste mundo, ele nada tem em mim"...
"Meu reino não é deste mundo"...
"O mundo jaz no maligno"!
(para quem não é cristão e não tem domínio dos Evangelhos, as tres últimas frases de Jesus, referindo-se ao sistema de poder que rege a dinâmica do mundo)
Cristianismo é uma coisa. Evangelho de Jesus é outra completamente diferente.

Os discípulos tiveram que abandonar esse pensamento... Demoraram para entender. Queriam até o final um Cristo-Rei, ganharam um Cristo-Cruz...
A última pergunta que fizeram quando Jesus era assunto aos céus foi: quando restaurarás o reino de israel?
Jesus respondeu: isso não é assunto para vocês. Vão pregar o evangelho.
Aonde fica o Reino de Deus nas disputas que aconteceram entre o PT e o PSDB, nas eleições passadas?
Não fica na Dilma, nem no Serra, muito menos na Marina, em quem eu votei. Também não fica em uma constituição que proíba a união homossexual, nem em uma que puna ou persiga os homossexuais, não fica na proibição do aborto, ou pena de morte para quem aborta. E vice-versa!
Não fica em lei nenhuma!
O povo que por inveja entregou Jesus a morte foi o povo que tinha o velho testamento como constituição!
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Jesus não tem nada a ver com as maldades da Igreja Católica, que vai das cruzadas as caças às bruxas, da obrigação de todos em defender uma fé que eles não conheciam até a expulsão dos judeus em diversas épocas etc, etc. Pior, tudo usando o nome de Jesus.

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O que mais me cança nessa história de político pró/contra aborto e homossexualismo? é a postura míope dos que se dizem discípulos de Jesus.
Alguém tem dúvida que não se aborte muito no Brasil? Eu conheço um monte de gente que já abortou.
A única coisa que pode acontecer são os dados estatísticos aumentarem, saindo os abortivos da clandestinidade. Também tem outra coisa, gente pobre, que não tem grana para abortar em clínicas clandestinas, vão ter a saúde menos prejudicada.
Se sou a favor do aborto? claro que não. Mas eu aplico esse conceito a mim, e se algum dia acontecer, a minha filha, e mais a quem me pedir conselho.
Nunca vi gente que luta com tanta força contra o aborto ter a mesma disposição para criação de orfanatos ou mesmo acompanhamento de crianças abandonadas.
Evangélicos e Católicos, quando começarão os emails para este fim?
Não queiramos fazer do governo uma grande igreja batista.
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Sobre os gueys... Conheço um monte de gueys que vivem juntos aqui mesmo, na minha cidadezinha. Alguém acha que se eles tiverem um papel de união estável, teremos mais gueys aqui na cidade?
Aliás, a união civil homossexual já está legalizada. E acho certo a inclusão de plano de saúde do parceiro. E acho certo que um patrimônio construído junto seja dividido entre os que o levantaram. E se um casal guey, que for considerado sério pelos psicólogos que analisam esses candidatos, quer adotar uma criança, que bom. Quem for contra esse último ponto, sugiro que vá a um orfanato. É mais fácil um menino se tornar guey em um orfanato, largado, sendo abusado pelos mais velhos, do que vivendo em um lugar sério, mesmo sendo de gueys.
Se sou a favor de homossexualismo? claro que não. E não gosto de viadagem, que é essa palhaçada de homossexual querer ser mais feminino que a mulher, nem gosto desse engajamento político homossexual, que quer torná-los super-cidadãos, com muito mais direitos que qualquer um.
Temos a lei, basta aplicá-la. Ou vocês preferem a alternativa islâmica? Ou ainda a alternativa de alguns Estados Americanos, que prendem os caras se pega-os em fragrante?
Agora, se vocês adotam um discurso sanguinolento, tal qual o Silas Malafaia faz, a única coisa que vocês vão conseguir é mostrar para o homossexual que o estiver ouvindo é que o amor de Deus não está em vocês, ou ainda, e é o que geralmente acontece, que "esse negócio de Jesus" não é para ele.
Eu reconheço que alguns nasceram geneticamente assim, sem atração por mulheres. Outros ficaram assim porque foram abusados desde pequenos, outros por certos acidentes psicológicos. Tem de tudo, inclusive escolha, e até safadeza.
Mas se alguém que vive essas pulsões me perguntasse a respeito eu diria o seguinte: Que esse não é o caminho de vida e felicidade de Deus pra ele. Que ele busque, que ele tente, ser um eunuco por amor ao Reino de Deus.
E só. O resto é com o Espírito.
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