terça-feira, 8 de novembro de 2011

A Ordem de Melquisedeque

 Melquisedeque...

Melquisedeque, rei de salem, que depois veio a se tornar jerusalem

Melquisedeque, a quem Abraão pagou o dízimo...

Abraão, pai da fé, pagando dízimo a um sem estirpe bíblica, sem pedigre, sem genealogia.

Bastou isso para o escritor de Hebreus enxergar ali uma nova ordem, antes oculta, mas agora revelada em Jesus.

A ordem de Melquisedeque

Não, Deus não amava apenas os Judeus, Deus amava, ama e amará a todos. A ponto de se sacrificar, para que nós vivamos.

A lei judaica, dada por Moisés, para o escritor de Hebreus, se resume a um conjunto de ordenanças que são apenas sombras, tateados grosseiros, do que estava por vir...



Jesus Cristo.

Em Jesus todas as regras judaicas, bem como todas as regras de qualquer religião, de qualquer ideologia, até o nacionalismo, até o marxismo, todas elas passam a ser analisadas e filtradas pelas poderosas peneiras do amor de Deus demonstrado e vivido por Jesus, exposto nas escrituras e em nossos corações.

Não dá para olhar para um povo, seja de que época e lugar, e dizer se vão ou não para o céu de Deus.

Sem Jesus ninguém se salva, porque na Cruz me descubro, não um justo, mais um justificado.

Possivelmente alguns só vão se descobrir justificados quando estiverem às portas do céu.

Em Melquisedeque Deus se mostra salvador dos viralatas da Terra.

Sorte minha.

Que digam os de Nínive.

Ou Naamã, o leproso Sírio, ou a viúva de Serepta

Ou Ciro, o persa, chamado pela boca de Isaías de servo de Deus.

Aliás, Isaías cita uma série de povos amados e protegidos por Deus, colocando em riste, ao povo de Israel, a petulância de sua suposta predestinação.

Jesus faz a mesma coisa, e diz mais, que povos do Oriente e ocidente se levantarão para julgar aquela geração que crucificou Jesus.

A ordem de Melquisedeque, da qual descende o sacerdócio de Jesus, não o sacerdócio levita, cheio de regras alimentares, higiênicas e moralistas.

O escritor de Hebreus, este também sem genalogia nem nome, diz que tudo isso (a lei e seus preceitos) cauducou.

Caducou!

Sim, Jesus a substitui por algo melhor: a lei do amor.

E esse amor nos constrange.

E esse amor nos faz rendidos para nossas próprias manias e certezas de maldades.

Nos faz salvos...

E se eu vou para o céu, rs, qualquer um pode ir!

Fui!

Macaé, 8 de novembro de 2011

Leonardo Cordeiro

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