sexta-feira, 7 de setembro de 2012

pre-intestinados

Não sei se existe predestinação. Na verdade, não me importo muito com ela. Digo isso da predestinação que leva a conotação do olhar que diz: ele vai para o céu; ou, ele vai para o inferno; e, ele não aceita a verdade porque estava predestinado a isso; ou ainda, aquele povo que nunca ouviu o nome de Jesus não foi para o céu porque estava, infelizmente, predestinado ao inferno...

Creio que Ele sabe de tudo. Na verdade, sempre soube, já que o tempo foi criado por Ele.

É como se Deus olhasse para todas as páginas do livro da vida de uma vez só. E se você entende isso, o olhar calvinista da predestinação perde completamente o sentido. Acho que o próprio Calvino, se houvesse nascido em nosso tempo, com acesso a física moderna e as teorias da relatividade do tempo de Einstein, o próprio Calvino não pensaria como pensava.



Porém, para muito além da predestinação e das perguntas sobre a oniciência e onipotência de Deus e do porque que Ele permite que o mal aconteça, para muito além disso, creio em algo singular.

Creio que Ele ama a todos. Creio que Deus é amor.

Mesmo que o mal aconteça a mim ou aos meus queridos. E geralmente só quando acontece aos nossos queridos é que nós nos perguntamos sobre a bondade de Deus, como se fôssemos mais especiais que os outros, já que o mal acontece o tempo todo com toda sorte de gente, e geralmente achamos isso natural, nos outros.

Mesmo que o mal aconteça, Ele é amor.

E Jesus é o amor escrachado de Deus entre nós. Pre-destinado, na mente de Deus, antes que houvesse mundo, como Pedro nos revela:

Cordeiro de Deus, imolado antes da fundação do mundo.

Jesus não veio por causa da queda.

A queda aconteceu, porque nós somos assim, e continuaríamos assim, sem Ele em nós.

E meu segundo ponto de pre-destinação preferido:

Que todos os pecados, de todos os homens, em todas as épocas, foram perdoados por Jesus, na cruz.

E estas duas certezas preparadas para mim desde antes da fundação do universo, elevo-as a minha consciência, de forma que nada me separará do amor de Deus, nem os problemas, nem o dia ruim, nem meus sentimentos, porque eu sei, para além de todos e de mim mesmo, eu sei que o amor dele é unilateral, não depende nem nunca dependeu de mim, é irrevogável.

E se o Espírito sonda nossas entranhas e rins, como diziam os antigos judeus, posso dizer, que mais que pre-destinado, fui pre-intestinado por Ele.

Sopra Espírito, onde quiser, e que nós ouçamos a sua Voz.

Italva, 7 de setembro de 2012

Leo

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