sábado, 3 de setembro de 2011

Água da Vida


 Vários discípulos abandonaram Jesus quando Ele endureceu seu discurso, propositalmente, para que aqueles que estavam atrás de pão e circo se enxergassem.

A multidão não queria o Pão que desceu do céu. Estava a fim era de uma "boca livre".

Jesus estava oferecendo sua Carne e seu Sangue.

Seguir Jesus implica em saber quem moeu Jesus na Cruz - eu mesmo - e participar do seu sofrimento, na vida.

E essa dor não é a dor da negação budista, cuja dor é ela mesma o objetivo.

A dor da vida da qual Jesus fala é a dor que vem junto com a doação em prol da verdade, da generosidade e das atitudes práticas pelo bem do próximo.

Tudo impossível de se praticar se não houvesse o sangue de Jesus a beber. O sangue derramado na cruz. Um ligar-se a Deus que apaga todas nossas culpas e que nos enche do seu Espírito, que nos enche Dele próprio.



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O momento da crucificação estava chegando, e Jesus já não andava pela Judéia, por causa dos Religiosos que queriam matá-lo, e porque Sua hora ainda não havia chegado.

Neste tempo, nem seus irmãos acreditavam Nele, e o rechaçaram: "Vá para a Judéia para que seus discípulos vejam o que você pode fazer. Ninguém se esconde se quer fazer-se conhecido".

Mas a fé de Jesus estava para muito além da aprovação de algum familiar...
Fariseus
É nesse contexto que Jesus aparece de surpresa no meio da Festa dos Tabernáculos, em Jerusalém, e começa a ensinar no Templo. O povo está dividido, parte crê que Ele é o Messias, outra parte não admite um Messias como Jesus, alguns querem matá-lo, Jesus não se intimida nem deixa de falar a Verdade para eles, uma confusão é formada...  Os líderes religiosos colocam sua policia particular de prontidão para prendê-lo.



Deserto da Judéia
No último dia da Festa, o mais solene, os Fariseus enchiam vasos de ouro com água do Tanque de Siloé para derramarem no Altar do sacrifício matinal, como um simbolismo da profecia de Ezequiel, que da pedra por sobre onde esse altar foi contruído brotaria uma fonte de águas, que desceriam o monte do Templo e correriam pelo Vale de Quedron, e se tornariam um rio que continuaria a correr Judéia abaixo até desaguarem no Mar Morto, tornando todo aquele deserto fertil, cheio de árvores, e o Mar Morto perdendo o sal e a amargura e tornando-se cheio de peixes.


Pois bem, Jesus, possivelmente ao ver os Fariseus derramando a água de seus vasos sobre o altar e fazendo suas orações pomposas e vazias, se levanta, e derramando-se em choro (como está escrito nas melhores traduções) exclama:


“Se alguém tem sede, deixai-o vir a mim para que beba. Aquele que crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.”



A realização da profecia de Ezequiel se deu ali, e tem se dado diariamente na vida de milhões e milhões de pessoas ao longo desses dois mil anos, desde Cristo. Essa água que transforma o deserto, bem como tudo no Reino de Deus, não é a irrigação que viabiliza as laranjas e as bananas de Israel, não, ela não vem com aparência exterior, é sutil, e é dentro do ser de cada um.

E quem bebe desta água não torna a ter sede, não, antes esse água se transforma em uma fonte que salta para a vida eterna.

Creia, creia que é possível...

Creia que é possível, não por causa de você, mas apesar de você.

Creia, porque Ele crê em você.

Creia que você não tem força para nada, e apenas descanse naquele que tudo pode.

Creia, porque o amor Dele é incondicional, porque o amor Dele é de mão única.

Creia, porque pecado nenhum é páreo para o sacrifíco da Cruz!

E de deserto sedento, de mar morto de amargura, você se transformará em um oásis do amor de Deus para os necessitados.

Leo
Italva 



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