quarta-feira, 18 de julho de 2012

procrastinação


Há alguns anos li em um livro que um dos melhores remédios para a procrastinação é uma boa noite de sono. E depois outra, e outra.

Esse palavrão, procrastinação, nada mais é que a postura de "deixar para depois" o que pode ser feito agora. Em geral, retardamos o que não nos agrada, num crescente que torna a pessoa, de um lado, desfuncional, às vezes totalmente, ou pouco produtiva, "enrolada", e do outro lado, culpada, muito culpada.

Eu, na escola, adquiri este hábito. Quase todos agiam assim na minha época. Deixar para estudar no último momento. Era até algo cultuado. "Olhe, ele consegue notas altas pegando nos livros somente na última hora". Até o Bill Gates cultivava este tipo de atitude, em Havard, onde passava o tempo todo jogando pocker, e depois no trabalho, até se juntar com os japoneses, que o ensinaram o valor da disciplina.

Tenho dormido cedo. Meu trabalho, fluido mais facilmente. Sim, me sinto culpado quando, depois de uma noite mal dormida, não consigo fazer o que é preciso, e o trabalho vai se avolumando.

Apesar de me saber perdoado até nos meus ralos cabelos da careca, sinto culpa quando não produzo no trabalho. Existe uma culpa boa? Sim, a que me chama para realidade, que me mostra estar errado.

Até porque quem não sente culpa são os psicopatas clássicos. Tipo "psicose". 

Enfim, tenho dormido melhor, trabalhado melhor, e... A culpa foi embora. Claro, tem também uma vontade, uma necessidade interna para a quebra do hábito. Porque esta, a procrastinação, é um vício mental.

Quebrável este vício? Ora, claro. Tão mais facilmente quanto melhor disposto você estiver para o trabalho, tão mais facilmente quanto mais você praticar o exercício diário de fazer, não o que você gosta, mas sim o que é preciso! E aí em você irá nascer um prazer, não de fazer o que gosta, mas de gostar do que faz.

E sim, você se livrará disso tão mais facilmente quanto menos culpa você sentir em relação a isso, e creia, em relação a vida.

E NEle, ah eu sei! NEle eu sou perdoado.

Macaé, 18 de julho de 2012
Leonardo Cordeiro

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